terça-feira, 31 de agosto de 2010

Luto no jornalismo brasileiro: Jornal do Brasil deixa de circular

















A história da Imprensa brasileira vive nesta terça-feira, 31 de agosto, mais um dia triste: circula hoje, depois de uma existência de 119 anos, a última edição impressa do Jornal do Brasil. A partir de amanhã, o JB terá apenas a versão na internet, recurso utilizado por seus administradores para tentar superar os problemas financeiros da empresa – as dívidas chegam a R$ 800 milhões.

O Jornal do Brasil é responsável por edições memoráveis da história da imprensa brasileira, principalmente no período da ditadura militar. Ficou famosa sua edição de 14 de dezembro de 1968, sobre o AI-5. Para burlar a censura imposta pelos militares, publicou na primeira página, uma fictícia previsão do tempo. "Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos. Máx.: 38º em Brasília. Mín.: 5º, nas Laranjeiras." Na mesma edição, à direita, uma chamada para uma efeméride: "Ontem foi o Dia dos Cegos".

A crise financeira se agravou na década de 90 até que, em 2001, a família Nascimento Brito arrendou a marca JB para a Docasnet, empresa de Nelson Tanure. No ano passado, outra marca de jornal arrendada pelo empresário, a Gazeta Mercantil, também deixou de circular. Pedro Grossi, que presidia o jornal, foi contra a decisão de acabar com o jornal em papel. "Não posso avaliar nem fazer juízo sobre a opinião do dono. Ele acha que o tecnológico será mais lucrativo", lamentou. Segundo Grossi, o jornal estava com tiragem de 30 mil exemplares (desde 2008, o JB não era auditado pelo Instituto Verificador de Circulação, IVC).

Também ficou famosa a primeira página do dia seguinte ao golpe militar no Chile, em 1973. Para driblar a censura brasileira que proibia manchetes sobre episódio, o JB fez uma edição sem títulos garrafais, nem fotos. Na primeira página, com o lugar da manchete em branco, foi publicado um longo texto sobre a morte de Salvador Allende, emoldurada apenas pelo serviço de classificados.

‘Velório’ e festa em lançamento de livro sobre o JB

Os jornalistas estão convidados para participar do lançamento do livro “Memórias de um Secretário do Jornal do Brasil – Pautas e Fontes”, que se realizará hoje (31/8), com uma festa no anexo do restaurante Nova Capela, na Avenida Mem de Sá 98, Lapa, a partir das 18h.

O autor, Alfredo Herkenhoff, ficará no primeiro andar autografando o livro, que tem 436 páginas, enquanto no segundo andar estará rolando uma festa com música de primeira qualidade sob a batuta do DJ Janot, o jornalista Marcelo Janot. “Estou convidando amigos e colegas para participarem de um gurufim, que é um velório em que há música e canto em homenagem a um morto, no caso o JB”, brinca Alfredo.

sábado, 28 de agosto de 2010

"O crime que abalou a República" será lançado na próxima segunda-feira, na Livraria Argumento, no Leblon

A Maquinária Editora e a Livraria Argumento convidam para o lançamento do livro "O crime que abalou a República", escrito pelo jornalista Roberto Sander. Será na próxima segunda-feira, dia 31, a partir das 19h, na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417), no Leblon, RJ.
Rio de Janeiro, capital da República, madrugada de 12 de maio de 1954. O repórter Nestor Moreira, do jornal A Noite, depois de deixar uma boate, se envolve numa discussão com um motorista de táxi por causa do preço da corrida. O que seria um acontecimento banal acabou se transformando numa tragédia que abalaria o país.

Conduzido, ao lado do motorista, para o 2° Distrito Policial de Copacabana, Nestor Moreira seria recebido pelo guarda-civil Paulo Ribeiro Peixoto, conhecido pela alcunha de Coice de Mula. Era o mesmo distrito que investigava o assassinato de uma bela francesa. Nestor, que cobria o caso, avançava mais nas investigações do que a própria polícia, que, por isso, era alvo de críticas. Acabou brutalmente espancado por Peixoto, morrendo depois de ficar internado por onze dias no Hospital Miguel Couto. Foi uma comoção e o estopim de uma grave crise política – a oposição responsabilizava Getúlio Vargas pelo episódio – que culminaria com a morte do presidente três meses depois.

Neste livro, escrito como se fosse uma grande reportagem, personagens como Carlos Lacerda, João Goulart, Tancredo Neves, Samuel Wainer, Golbery do Couto e Silva e Getúlio Vargas estão frente a frente em um dos momentos mais dramáticos da nossa história recente. O prefácio é do jornalista e escritor Domingos Meirelles: "Como um habilidoso artesão, Sander costurou episódios aparentemente desconexos em torno de uma narrativa que arrasta o leitor e o mantém agarrado à trama até o final, quando todos os fios urdidos se juntam compondo um harmonioso trabalho de tapeçaria política."

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

De olho nos livros e nas urnas eleitorais

O voto popular é uma das maiores celebrações da democracia e, no dia 3 de outubro deste ano, mais uma vez os brasileiros vão às urnas escolher seus principais representantes - Presidente da República, Senadores, Governadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais.

Pensando em quem quer se informar antes de decidir seu voto, quem deseja conhecer um pouco mais sobre os bastidores deste universo ou, simplesmente, quem tem curiosidade sobre o assunto, as Editoras investiram em uma série de lançamentos ou relançamentos que têm como tema a política, a História e a legislação nacional sobre o processo eleitoral e seus desdobramentos. Confira alguns títulos:

■ Quem matou Lula da Silva?
Mistério. Suspense. Intrigas. Um candidato à Presidente da República é assassinado às vésperas das eleições. Mesmo assim, ele ganha as eleições... Ou não será ele? Ubaldo César Balthazar envolve o leitor a cada página desse romance policial moderno e brasileiríssimo, tecido com inteligência e refinado humor! (Cia. dos Livros Editora)
■ Eleições Gerais 2010
Escrito por Marino Pazzaglini Filho, este livro comenta, sob o prisma das eleições gerais de 2010, os principais institutos jurídicos do Direito Eleitoral. Examina a legislação eleitoral vigente mostrando, de forma prática, as normas e os procedimentos aplicáveis às eleições de 2010. (Editora Atlas)
■ O Dono da Bola - política para crianças e jovens
Durante um castigo aplicado por sua mãe, Carlinhos tem uma companhia pra lá de curiosa: uma bola de futebol falante, que mostra a ele que respeitar direitos, deveres e regras é importante para se manter o equilíbrio na sociedade. O livro, de autoria de Manuel Filho, ensina tudo o que todo cidadão precisa saber sobre política. (Editora Mundo Mirim)
■ Política: Para não ser idiota
O livro, de Renato Janine Ribeiro e Mario Sergio Cortella, apresenta instigante debate sobre os rumos da política na sociedade contemporânea. São abordados: a participação na vida pública, o embate entre liberdade pessoal e bem comum, os vieses de escolhas e constrangimentos, o descaso dos mais jovens em relação à democracia e ecocidadania, entre outros questionamentos. (Papirus Editora)

■ Manual das Eleições
Roberto Amaral e Sérgio Sérvulo da Cunha escreveram um verdadeiro guia das eleições, propiciando a solução de inúmeras controvérsias, até mesmo por indicação jurisprudencial, na qual oferece um Quadro Comparativo esclarecedor, que evidencia das mudanças eleitorais. (Editora Saraiva)

■ Comportamento Eleitoral
Volume mais recente da Coleção Culturalismo Jurídico, o livro é uma obra coletiva elaborada por alunos de pós-graduação das Faculdades de Direito da Universidade de São Paulo e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, sob a coordenação do Prof. Dr. Cláudio Lembo e organização da Profª. Dra. Monica Herman S. Caggiano. (Editora Manole)

■ O dedo na ferida: menos imposto, mais consumo
Alberto Almeida mostra que o brasileiro sabe que paga muito imposto e não concorda com os altos índices. O autor discute as alternativas para mudar esse quadro e desafia: não estaria na hora de surgir um líder de um grande partido que possa defender o consumo e o emprego por meio da política de redução dos impostos? (Editora Record)
■ Responsabilidade Civil na Administração Pública
Em sua obra, Antonio Riccitelli trabalha a doutrina e jurisprudência sobre a responsabilidade civil, sobretudo na Administração Pública, e é resultado da experiência do autor no exercício de cargos públicos, da advocacia e docência. (Lex Editora)

■ Direito Penal Eleitoral
A presente obra, escrita pelo Dr. Leonardo Schmitt de Bem e pela Dra. Mariana Garcia Cunha trata, de forma didática, de todos os crimes de aspecto eleitoral vigentes no país, oferecendo sublinhada segurança jurídica para arrimar qualquer consulta futura, ressalva ainda mais sua efetiva valia. (Editora Conceito Editorial)
■ Que país é este?
Edição comemorativa que celebra os 30 anos de publicação da coletânea de poemas “Que país é este?”, que traça um panorama do Brasil em plena ditadura militar. Celebrado pela intelectualidade brasileira, o livro, que rendeu a Affonso Romano de Sant'Anna o prêmio Jabuti, volta agora às prateleiras com novo projeto gráfico e alentado prefácio assinado pelo historiador José Murilo de Carvalho. (Editora Rocco)


■ Direito Eleitoral - Teoria e Prática - 5ª Edição
Nesta obra, Armando Antonio Sobreiro Neto aborda os elementos básicos para a compreensão e para a interpretação da legislação eleitoral, adotando divisão de conteúdo teórico que enfrenta, de forma lógica e sistemática. São trazidos, ainda, modelos de peças processuais e farta jurisprudência. (Juruá Editora)

■ Brasil: a construção retomada
O senador Aloizio Mercadante faz um balanço dos oito anos do Governo Lula, um documento completo das propostas políticas colocadas em prática nesses dois mandatos presidenciais. (Editora Terceiro Nome)
■ Direito Eleitoral e Processo Eleitoral, Direito Penal Eleitoral e Direito Político
De autoria de Marcus Vinicius Furtado Coelho, a presente obra é um curso completo de direito eleitoral, reunindo, em um só compêndio, não apenas o direito eleitoral positivo, como também o direito penal eleitoral, o processo penal eleitoral e noções gerais do que poderia ser denominado direito político. (Editora Renovar)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Bienal Internacional do Livro de São Paulo recebeu 740 mil visitantes

A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que terminou no domingo, dia 22, conseguiu recuperar o público que havia perdido em 2008. Ao todo, o número de visitantes, em dez dias de evento, chegou a 740 mil pessoas.

Com uma média diária de 74 mil pessoas, a Bienal deste ano superou os números de 2008, quando a média ficou em 66 mil visitantes por dia, e se manteve um pouco acima da média de 2006, de 73 mil pessoas por dia.

O dia mais movimentado da 21ª Bienal foi o sábado (21), com 110 mil visitantes, e o espaço mais visitado foi o infantil O Livro é uma Viagem, que recebeu 50 mil crianças. Os números finais serão divulgados nesta quarta-feira pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, respectivamente realizadora e organizadora do evento.

A Bienal de 2010 contou com importantes nomes nacionais e internacionais, incluindo autores como Maurício de Sousa (“Turma da Mônica”), Ziraldo (“O Menino Maluquinho”), John Boyne (“O menino do pijama listrado”) e Jostein Gaarder (“O mundo de Sofia”).
Fotos: Divulgação









quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Instituto Pró-Livro combina tecnologia e cenografia para estimular o prazer de ler

Até o próximo domingo, dia 22, mais de 30 mil pessoas terão passado na instalação de 500 m² “Ler é uma Viagem”, promovida pelo Instituto Pró-Livro na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. A viagem é possível até para deficientes auditivos, visuais e cadeirantes, já que o espaço, além de tradutor de libras e monitores treinados, engloba uma série de recursos que combinam literatura com tecnologia, sem deixar de ser uma atividade lúdica que leva aos sonhos de cada visitante.

Em se tratando de usar a tecnologia para estimular a criatividade e o prazer de ler, o Instituto Pró-Livro não economizou recursos. No capítulo desta história gigante intitulado “Eu sou você no mundo da fantasia”, graças à mídia social imersiva que faz uso da interação gestual com o cenário, é possível colocar literalmente a criança dentro da história. Os participantes podem virar personagens da história como bruxa, princesa, sapo e até a Emília, de Monteiro Lobato. “O bacana é que quando a criança chega à instalação interativa, a criança já tem construída na sua mente todo o universo que foi criado em todo o percurso anterior pela cenografia impecável e o enredo envolvente”, comenta Zoara Failla, gerente de projetos especiais do Instituto Pró-Livro e curadora do espaço.

Depois do túnel com os livros gigantes e personagens vivos, é a vez das crianças aportarem no Planisfério, um mapa com países de lingua portuguesa. O espaço foi criado para que os participantes descubram o Brasil através do game “Descobrindo onde se fala português”. Com um toque na tela digital é possível escolher entre várias opções de respostas às perguntas do tipo: Em que países do mundo se fala português? Ou, qual é a população de pessoas que falam lingua portuguesa no mundo? Em cada acerto é possível avançar “léguas” nessa navegação. Se houver dúvidas há ainda várias dicas escondidas. Quem ganhar finca a bandeira no mapa, pois descobriu o Brasil. O próximo passo será assistir ao espetáculo "Mundo Português", do grupo Pia Fraus.

A Voz do Livro é uma atração à parte para os ávidos em interatividade. Basta escolher a obra que se quer conhecer, pedir para o Tóten ler o código de barras e um resumo do livro é passado, com o personagem falando em primeira pessoa, tal como: “Eu sou Dom Casmurro, meu pai Machado de Assis....”. É outra ferramenta estimulante para fazer as pessoas morrerem de vontade de ler a obra.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Qualidade de vida na Terceira Idade em debate hoje no estande do SESC na Bienal

Às 18h dessa terça-feira (17/08), o estande do SESC-SP na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo abre sua Arena de eventos para uma conversa sobre Idosos: Lazer e qualidade de vida. Estarão presentes José Carlos Ferrigno, da Gerência de Estudos e Programas da Terceira Idade do SESC SP e autor do livro Coeducação entre gerações e Maria Aparecida Ceciliano de Souza, especialista em lazer e animação sociocultural do SESC-SP e organizadora do livro Esporte para idosos.

Para quem se interessa por gastronomia e suas vertentes literárias, vale ir ao bate-papo de Paula Pinto Silva, doutora em Antropologia Social e autora do livro Farinha, feijão e carne seca, e Selma Maria, artista plástica e educadora, que apresenta palavras cotidianas incorporadas ao vocabulário da alimentação.

Confira a programação completa do dia 17, terça-feira:

11h – Oficina de encadernação e conservação
Confecção do livro em branco, utilizando a técnica da costura japonesa. A atividade aborda a estrutura do livro, aspectos da conservação e restauração de publicações. Com a artista plástica Fernanda Brito.

14h – Comidas, palavras e prazeres
Bate-papo com Paula Pinto Silva e Selma Maria.

16h - Na casa da Ruth
Apresentação musical com a cantora Fortuna, Gabriel Levy e Rafael Zolco. No repertório composições de Hélio Ziskind sobre textos de Ruth Rocha e canções de domínio público.

18h – Idosos: lazer e qualidade de vida
Com José Carlos Ferrigno e Maria Aparecida Ceciliano de Souza.

20h – Da prensa ao livro digital
Palestra com Silvio Meira, professor de engenharia de software do Centro de Informática da UFPE, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados de Recife, onde coordena o grupo de inovação e os esforços de gestão de conhecimento e redes sociais.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo: atrações para todos os gostos

Os amantes da leitura podem visitar, de hoje até o próximo dia 22, os 60 mil metros quadrados da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na Zona Norte da cidade de São Paulo.

O público tem à sua disposição uma programação cultural rica e diversificada, composta por mais de 700 atividades, distribuídas por pelo menos 1000 horas durante 11 dias. Realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, a Bienal reúne 350 expositores do Brasil e de fora do país, que representam mais de 900 selos editoriais.

Além da larga oferta de livros, a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo oferece uma intensa programação cultural, desenvolvida para despertar o gosto pela leitura em mais de 700 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos. Algumas atividades estão previstas para personalizar ainda mais a programação do evento. Para participar das atividades culturais é necessário retirar a senha com 2 horas de antecedência no próprio espaço.

Para marcar esta sexta-feira, o chamado “dia do azar”, a Bienal realiza a “Sexta-feira 13 na Bienal do Livro”. Na programação especialmente preparada para a data, destaque para a participação de José Mojica Marins, cineasta que dá vida a Zé do Caixão, e de Dacre Stoker, sobrinho-neto de Bram Stoker, escritor que criou o Drácula.

Ambos estarão na programação do Salão de Ideias. Às 13h, José Mojica Marins abre a programação do espaço no evento “Zé do Caixão levará sua alma”. Já às 19h, Dacre Stoker - coautor, com Ian Holt, de “Drácula, o morto-vivo”, uma continuação do clássico “Drácula”, de 1897 - fala sobre “A eternidade de Drácula” no Salão de Ideias, que ocupa o auditório Clarice Lispector.

Também na programação de hoje, o autor britânico de livros de ficção histórica Conn Iggulden (da série “O Imperador”) discute o tema “O império contra-ataca” com o público, às 17h. Pouco antes, às 15h, os autores de livros que abordam o vampirismo André Vianco, Martha Argel e Giulia Moon discutem “Por que o mito do vampiro continua vivo?”.

O evento Cozinhando com Palavras, que está no Espaço Gourmet Sensações, destaca a participação do chefe de cozinha Chakall, argentino radicado na França que fala sobre “A cozinha do mundo”, às 20h. O chefe Allan Vila Espejo trata, às 14h, da “Cozinha Afrodisíaca”. Às 10h30 acontece o workshop “O Açúcar, as delícias da confeitaria”, e, às 17h, o tema é “Biblioteca do vinho: os livros essenciais”.

No Palco Literário, que fica no Espaço Volkswagen, Regina Duarte declama texto literário às 18h. Já o Território Livre (também no Espaço Volkswagen) terá a saltadora Maurren Maggi falando sobre o tema “Optei pelo esporte”, com participação do jornalista Juca Kfouri e do profissional de marketing Julio Casares.

Pessoas fantasiadas como seus personagens favoritos entram de graça na Bienal do Livro (é preciso trazer uma foto do personagem para comprovar a semelhança).
Programação cultural variada

A programação cultural da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo deste sábado, 14 de agosto, destaca várias atrações para todos os públicos. O Salão de Ideias recebe, por exemplo, a escritora iraniana Azar Nafisi, autora de “Lendo Lolita em Teerã”, o biógrafo norte-americano de Clarice Lispector, Benjamin Moser (“Clarice,”), o desenhista Mauricio de Sousa, que divide a mesa “Invenção a quatro mãos” com o filósofo e escritor Rubem Alves, além do norueguês Jostein Gaarder, autor do best-seller “O mundo de Sofia”.

Os debates do Território Livre recebem o jornalista e escritor Caco Barcellos, acompanhando por integrantes da equipe do programa “Profissão Repórter”, e o apresentador Serginho Groisman. Já o Palco Literário estará aberto a leitura interpretativa de Paulo Goulart.

O evento Cozinhando com Palavras, que acontece no Espaço Gourmet Sensações, contará com as presenças dos chefs Chakall (Argentina) e Vitor Sobral.

sábado, 7 de agosto de 2010

Dia dos Pais – Um livro ao gosto de cada pai, inclusive o SEU!

Comemora-se neste domingo, dia 8, o Dia dos Pais, e os livros são uma excelente opção de presente. Do romance ao conto, da ficção à realidade, da biografia à auto-ajuda, são milhares de títulos que certamente vão agradar a todos os pais... inclusive o SEU! Por isso, escolha logo o livro que é “a cara do seu pai”. Abaixo, algumas dicas.

Os Portugueses - Os portugueses, esses desconhecidos. Desconhecidos? Sim, pois quem acredita que conhece os portugueses porque tem como vizinho o "português da padaria", come bacalhau e doces muito açucarados e leu trechos de Camões no colégio, de fato, não os conhece. Sua cultura é sofisticada, a literatura tem nomes como Fernando Pessoa e Saramago e, pasmem, nem todos eles se chamam Manoel, Joaquim ou Maria. Neste livro de Ana Silvia Scott vamos conhecer a riqueza e as contradições desse povo que teve seu apogeu, um longo declínio e agora ressurge com força no mapa do mundo. Trata-se de um povo muito especial. Cinco séculos após ter conectado o Velho Mundo ao Novo, por meio das descobertas, dá por encerrado o ciclo e volta-se para a Europa como opção preferencial. Ao contrário do nosso, é um povo formal, quase cerimonioso, pelo menos nas cidades, talvez para compensar a rusticidade da gente do campo. Usam sua língua como se ainda fossem os únicos donos dela e riem de nosso acento "descansadinho". Conhecem nossas piadas sobre eles e fazem muitas sobre os brasileiros. Vale a pena conhecer de fato os portugueses neste livro instigante. Editora Contexto.

A História da polidez - de 1789 aos nossos dias – De Frédéric Rouvillois, o livro, vencedor do Gran Prix Du Histoire, de 2007, é um estudo histórico sobre as boas maneiras, de 1789 até os dias de hoje. O autor realizou extensa pesquisa a partir da Revolução Francesa, marco da transformação não apenas do sistema político até então vigente no mundo Ocidental, como de costumes e hábitos, impostos pelos novos detentores do poder. Editora Grua.
Profeta Muhammad - A biografia do Profeta Muhammad, escrita por Martin Lings, é reconhecidamente a mais detalhada e completa já publicada no Ocidente. Baseada em fontes árabes dos séculos VIII e IX (I e II da Hégira), sua narrativa preserva a vitalidade e a clareza dos relatos de homens e mulheres que ouviram as palavras de Muhammad e que testemunharam os acontecimentos de sua vida. Das fontes compiladas por Lings, destacam-se o Sirat Rasul Allah, de Ibn Ishaq, e os escritos de Ibn S’ad e al-Waqidi, das quais muitas passagens foram traduzidas do árabe pela primeira vez. Attar Editorial.

O Livro dos Mortos do Rock - Conhecidos como ícones culturais e lendas do rock'n'roll, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain e Jerry Garcia têm mais em comum do que se possa imaginar. Cheios de atitude e genialidade quando o assunto é música, eles também eram figuras problemáticas e autodestrutivas. David Comfort desconstrói esses mitos ao revelar particularidades e detalhes da vida de cada um, especialmente no período que antecedeu sua morte. Da infância solitária, arruinada por perdas irreparáveis, às músicas e atitudes que falavam de amor e revolução, essas lendas encontraram um fim precoce, trágico e coberto de mistérios e especulações. Editora ALEPH.

Combate de Paz - O Capitão do Exército brasileiro Luciano Moreira conviveu com a realidade Haitiana quando serviu na Força de Paz a ONU, conhecida como MINUSTAH (sigla em francês para Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti) e, neste livro, traz a história do Pelotão de Fuzileiros designado para o 4º Contingente Brasileiro da Missão das Nações Unidas com o intuito de levar a estabilização política e aumentar a segurança no país. A narrativa do texto alterna o real com o ficcional, e conta a chegada dos soldados ao aeroporto da capital Porto Príncipe, as primeiras impressões e os primeiros combates do Pelotão Chacal nas favelas, até a hora da partida. Editora Baraúna.

domingo, 1 de agosto de 2010

8ª edição da Festa Literária de Paraty (Flip) acontece de quarta a domingo

Festa literária mais esperada do calendário cultural brasileiro, a 8ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) reunirá, entre os próximos dias 4 (quarta-feira) e 8 (domingo), uma verdadeira seleção das letras na cidade do Sul Fluminense. Serão 35 autores, de 14 diferentes países, reunidos em 19 mesas literárias e a conferência de abertura. De política e escravidão aos quadrinhos, das fábulas aos thrillers policiais, do ebook e ipad às letras de música, nada escapa à programação 2010 da Flip. Com um orçamento de R$ 6,3 milhões – verba que engloba o programa educativo desenvolvido ao longo de todo o ano -, a Flip promete reunir mais de 20 mil pessoas em Paraty ao longo dos cinco dias de evento.

O público desta edição também será o mais diverso possível. Estarão reunidos, lado a lado, os leitores da chilena Isabel Allende, os jovens, de idade e de alma, fãs do roqueiro Lou Reed e do cartunista Robert Crumb, além de toda a comunidade acadêmica que tem nos historiadores Robert Darnton e Peter Burke os grandes nomes das discussões sobre mídia e o futuro dos livros. Sobre esse processo de transformação em que se encontra também o mercado editorial estará presente no debate o CEO da editora Penguin, John Makinson. “É justamente essa pluralidade que faz da Flip um dos encontros de literatura mais representativos. A riqueza está no encontro dessas vozes diferentes, na mistura que faz toda a diferença”, comenta o diretor de programação, Flávio Moura.

Um diálogo contínuo entre as edições, seja com o retorno de alguns autores ou com o desdobramento de temas a serem abordados nas mesas, também contribui para o sucesso da Flip. Presente na 3ª edição, em 2005, o indiano Salman Rushdie (foto) volta à Flip para fazer o lançamento mundial de Luka e o fogo da vida (Companhia das Letras). O retorno de Rushdie reforça sua condição de autor-síntese de uma literatura multicultural. O israelense Abraham B. Yehoshua e a iraniana Azar Nafisi estarão juntos na Tenda dos Autores para um debate sobre o processo de paz entre árabes e israelenses. A cubana Wendy Guerra, que vive à sombra da ditadura castrista, e a brasileira Carola Saavedra, que escreve em plena democracia, irão partilhar suas experiências ficcionais como forma de se posicionar em relação ao mundo.

Da violência dos regimes políticos aos crimes nas páginas dos livros, a paulista Patricia Melo vai dialogar com a americana Lionel Shriver sobre os suspenses psicológicos e a criminalidade presente nas narrativas contemporâneas. As fábulas contemporâneas, que vão do sertão ao mundo underground paulistano, ficarão a cargo dos brasileiros Reinaldo Moraes, Ronaldo Correia de Brito e Beatriz Bracher. E a relação entre nacional e estrangeiro virá à tona na conversa entre o americano Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector, e o tradutor alemão Berthold Zilly.

Outro destaque desta edição da Flip é a programação voltada ao escritor homenageado, o sociólogo Gilberto Freyre (foto à esquerda). Além da conferência de abertura, com participação do sociólogo e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (foto à direita) e do historiador Luiz Felipe de Alencastro, serão três mesas dedicadas ao autor de Casa Grande & Senzala. Homenagem pensada pelo diretor de programação da Flip, Flávio Moura, em parceria com a historiadora Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, que vai participar de um dos debates, reúne grandes estudiosos de Freyre. Edson Nery da Fonseca, Moacyr Scliar e Ricardo Benzaquen de Araújo irão discutir as grandes obras do sociólogo, na companhia de Berthold Zilly, que volta à tenda para dar seu olhar estrangeiro aos trabalhos de Freyre.

A contemporaneidade da obra de Freyre será o tema da mesa do sociólogo José de Souza Martins, do historiador Peter Burke e do antropólogo Hermano Vianna. As obras menos conhecidas de Freyre serão exploradas, com mediação da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, pelos estudiosos Maria Lucia Burke, Alberto da Costa e Silva e Angela Alonso. Para completar a homenagem, o show de abertura será todo dedicado e inspirado nas obras de Freyre. Com direção artística de Arthur Nestrovski, o Quarteto de Cordas da Academia Osesp e Edu Lobo farão um show único, especialmente produzido para a Flip.

Serviço:

8ª Flip
Quando: de 4 a 8 de agosto
Onde: Parati, Rio de Janeiro
Quanto: R$ 40 (show e conferência de abertura e mesas literárias) e R$ 10 (transmissão ao vivo por telões)
Televendas: 4003-0848