domingo, 26 de fevereiro de 2012

Livro da jornalista Juliana Dal Piva mostra a luta da população indígena na Bolívia contra a escravidão

Foi embaixo de uma árvore alta, de tronco grosso, que a família Flores se instalou. Primeiro, limpou o mato, deixando tudo plano para distribuir os poucos pertences trazidos. Nem precisou de todo o espaço. O único teto era uma lona azul apoiada por seis estacas de madeira que não protegia nem dez metros quadrados. Esta era a casa de Juan Flores, sua esposa, quatro netos e duas filhas. Natália, a mais velha das crianças, tinha 12 anos. Já a menor, Yolanda, apenas três. Juan Flores tem 55 anos e só descobriu a liberdade há pouco tempo. Ele nasceu escravo e é uma das vítimas do sistema escravagista que se opera na região do chaco, no departamento de Santa Cruz, na Bolívia.

Em 2009, a jornalista Juliana Dal Piva foi à região para documentar a história de pessoas como Juan e da luta dos índios guaranis contra o trabalho escravo. A pesquisa fazia parte de seu trabalho de conclusão do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina. Durante a realização do estudo ela descobriu que, entre as mudanças que ocorriam na Bolívia governada por Evo Morales desde 2006, estava a elaboração de uma legislação para enfrentar o trabalho escravo - o que significava o definitivo e necessário confisco, sem indenização, de terras onde fosse constatada a violação de direitos humanos.

Dessa pesquisa resultou o livro Em luta pela terra sem mal: A saga guarani contra a escravidão na Bolívia, que será lançado pela Editora Multifoco no dia 2 de março (sexta-feira), a partir das 19h, Espaço Multifoco (Av. Mem de Sá, 126 – Lapa, Rio de Janeiro). O livro aborda o sistema de escravidão em que vivia, desde fins do século XIX, o povo indígena chiriguano e discorre ainda sobre os recentes conflitos a respeito da aprovação da Constituição Plurinacional e da audaciosa implementação da autonomia indígena.

Juliana Dal Piva (foto) é jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Estudou História Social Latino-americana na Universidade de Buenos Aires, em 2008. Começou a carreira profissional no portal Terra, onde participou da cobertura das eleições presidenciais de 2010. Mais tarde, naquele mesmo ano, passou a integrar a equipe de reportagem da revista ISTOÉ em São Paulo, onde permanece, agora, na sucursal do Rio de Janeiro.

Em 2010, a autora venceu, na categoria Crônica, o 27º Prêmio Direitos Humanos em Jornalismo, com uma adaptação do livro a ser lançado na próxima sexta-feira.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Livros sobre Blocos de Rua e Escolas de Samba ajudam o folião a conhecer melhor a história do Carnaval


Apesar de o Carnaval brasileiro só começar oficialmente no próximo fim de semana e terminar – também oficialmente – no dia 21, terça-feira, as comemorações, agitos e desfiles já tomam conta de diversas cidades pelo país afora. Para quem gosta de Carnaval mas não quer ir para a rua participar da folia, uma boa opção é ler um bom livro sobre o tema.

Dois novos títulos acabam de chegar às livrarias: Blocos de rua do Carnaval do Rio de Janeiro, do jornalista Aydano André Motta, com fotos de André Arruda e Custódio Coimbra; e As Três Irmãs - Como um Trio de Penetras "Arrombou a Festa", de autoria de Alan Diniz, Alexandre Medeiros e Fábio Fabato.
 
■ O livro Blocos de rua do carnaval do Rio de Janeiro é uma homenagem artística ao Carnaval do Rio e apresenta registros dos principais Blocos de rua da cidade. Através das páginas duplas e divisão temática dos blocos é possível se achar no meio de tanta folia e se preparar para curtir os próximos carnavais no melhor estilo carioca: na rua. 
                                                                                            Foto: Beth Santos (ASCOM - Prefeitura-RJ)
Antônio Figueira, André Arruda, Aydano Motta e Eduardo Paes
A obra, que leva o selo da Editora Réptil, em parceria com a Ambev e a Prefeitura do Rio de Janeiro, é um registro dos principais Blocos de rua da cidade através de imagens, pesquisas e textos, com suas origens particulares e histórias, sambas e curiosidades que conferem encantamento à festa. A publicação conta com blocos como Bola Preta, Banda de Ipanema, Carmelitas, Barbas, Cacique de Ramos, Simpatia é Quase Amor, Mulheres de Chico e Monobloco, entre outros.

O lançamento contou com a presença do prefeito Eduardo Paes e do Secretário Municipal de Turismo do Rio, Antônio Pedro Figueira de Melo, que escreveram o prefário do livro; da presidente da Sebastiana (Associação Independente dos Blocos da Zona Sul, Santa Teresa e Centro), Rita Fernandes, e representantes de diversos blocos.

■ No começo da era moderna do carnaval carioca, apenas quatro grandes escolas disputavam o título: Mangueira, Portela, Salgueiro e Império Serrano. Mas a brincadeira mudou a partir de 1976, quando três irmãs penetras também assumiram a posição de protagonistas da festa: Beija-Flor de Nilópolis, Imperatriz Leopoldinense e Mocidade Independente de Padre Miguel. Este é o mote do livro As Três Irmãs - Como um Trio de Penetras "Arrombou a Festa", publicado pela Editora NovaTerra.

Com prefácio de Sérgio Cabral, o livro é formado por 35 crônicas ilustradas, dez para cada agremiação, e cinco textos que misturam passagens comuns a elas. Não faltam referências a nomes consagrados da Avenida, como Fernando Pinto, Neguinho da Beija-Flor e Joãosinho Trinta, este último falecido uma semana após a finalização da obra. Na capa, as irmãs são representadas por caricaturas da cantora Elza Soares, da destaque Pinah e da carnavalesca Rosa Magalhães, figuras de importância para cada uma das retratadas.                                                                                                                                                                                                                                      Foto: Divulgação
Alan, Fabio e Alexandre com o cantor Neguinho da Beija Flor
Recheado de histórias curiosas e deliciosas sobre esta importante trinca do Carnaval do Rio de Janeiro, o livro descreve os pormenores que ocorreram nos bastidores da chegada de Beija-Flor de Nilópolis, Imperatriz Leopoldinense e Mocidade Independente no concorrido concurso das Escolas de Samba.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Emoção marca o lançamento do livro infantil 'O Dono da Lua', de Ronize Aline


Para ser o mais fiel possível ao clima que tomou conta da Livraria Travessa, em Ipanema, no último dia 6, durante o lançamento do livro infantil O Dono do Mundo, com o selo da Editora Escrita Fina, reproduzo abaixo as palavras postadas pela própria autora, a jornalista e crítica literária Ronize Aline, em seu blog, assim como alguns registros feitos pelo fotógrafo Sandro Torres.

 

Como foi o lançamento do O DONO DA LUA

 


Posted on 06/02/2012 by ronizealine


EMOCIONANTE!

Antes, durante e depois!
Meses de campanha online, divulgação, brincadeiras, sorteios, novos amigos, surpresas: finalmente o grande dia chegou. E superou minhas expectativas: de público, de vendas, de emoção. Foram três horas de fila, autografando sem parar, compartilhando a alegria que as pessoas demonstravam em ter em mãos algo do qual ouviram falar durante tanto tempo. Muitos leram o livro já enquanto esperavam na fila e chegavam à mesa de autógrafos ainda sob o efeito da história, falando empolgados da aventura e das belíssimas ilustrações da Martha Werneck. Aliás, esse foi outro momento emocionante, quando Martha chegou e juntas comemoramos o nosso filhote trocando dedicatórias. Mas, apesar de haver fila, foi uma “espera doce”, como muitos disseram. Isso porque preparamos docinhos e cupcakes para animar e adoçar ainda mais o momento. Ou seja, um dia para ser sempre lembrado!


RONIZE ALINE
Recebendo os alunos do UniCarioca Centro Universitário


Lys Tannuri Bogossian, Ronize Aline, Gutenberg Junior e Sônia Moreira



A autora e seus dois amores

A editora Laura Van Boekel e Ronize Aline



Com Martha Werneck, autora das ilustrações do O DONO DA LUA
 

Recebendo o carinho das crianças


A autora ao lado da mãe, também uma contadora de histórias

Livro reúne pérolas e besteiras do Big Brother Brasil


Não há como acompanhar a vida de alguém 24 horas por dia e não ser alvejado por uma asneira qualquer. Quando se trata de Big Brother Brasil, as chances de isso acontecer crescem exponencialmente. Do culto – ou, pelo menos, daquele que se diz – ao inculto, os brothers escorregam na história, assassinam o português e atacam seus colegas de casa. Nem o apresentador Pedro Bial foge à arte de esculpir pérolas.

Um registro de tudo o que já foi dito dentro da casa está à disposição do público. Isto porque o livro Como Assim, Bial? – As maiores pérolas da casa mais vigiada do Brasil, escrito pelo publicitário e jornalista Pablo Peixoto, chegou hoje (9) ao mercado editorial, com o selo da Panda Books. A obra reúne as melhores frases ditas pelos participantes e pelo apresentador durante as 11 edições do Big Brother Brasil.

Apesar do título, o livro poupa Pedro Bial, trazendo apenas algumas de suas falas. De Kleber Bambam a Talula – sem deixar de lado Solange, a recordista de pérolas, e sua amiga Cida –, o livro traz as maiores bobagens registradas pelas lentes das câmeras indiscretas. Como disse o próprio Bial disse durante o BBB10: “Aí dentro vocês têm total liberdade para fazerem o que bem entenderem, para dizer qualquer besteira. Aliás, vocês dizem um monte de asneira.”

Famoso por seus comentários sarcásticos na internet, Pablo Peixoto nasceu em 30 de junho de 1978, em Cataguases, Minas Gerais. É formado em jornalismo, mas atua profissionalmente como roteirista de TV, diretor de cria­ção publicitária e professor. É, desde 2001, responsável pelo blog de variedades Pérolas Para Porcos. Também comandou o podcast sobre música “Freakast” e dirige o tumblr “Porra Mauricio!” (vencedor do Prêmio Youpix), fazendo comentá­rios ácidos sobre trechos fora de contexto dos quadrinhos de Mauricio de Sousa. 

Pablo é autor de vários vídeos de sucesso no Brasil, como a quadrilogia “Dunga em um dia de fúria”, indica­da para o Video Music Brasil da MTV em 2010. Mestre em so­ciologia da cultura pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente em doutoramento, mora em Juiz de Fora (MG), é casado com a professora e empresária Lílian Costa Magalhães e tem uma filha, Luiza. É autor do livro Calaboca Galvão, da Panda Books.

Tiradentes terá perfil no Livro dos Heróis do Estado

Joaquim José da Silva Xavier, mártir da Inconfidência Mineira que entrou para a história com a alcunha de Tiradentes, vai passar a fazer parte do Livro dos Heróis do Estado do Rio de Janeiro. Isto será possível porque a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta quinta-feira (9), em segunda discussão, o projeto de lei 3.095-A/10, no qual a deputada Inês Pandeló (PT) inclui Tiradentes no livro – também criado por proposta sua. “Ele é considerado um herói nacionalmente e esse verbete reforçará sua relação com a história desde estado e deste Palácio”, argumentou.

A parlamentar justifica a escolha lembrando que o mártir da Inconfidência Mineira esteve preso na cadeia que funcionava onde hoje está o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. “Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional”, complementa.

Os perfis que integram o Livro dos Heróis são propostos pelos parlamentares através de projetos de lei. Desde a criação do livro, foram aprovadas as inscrições do casal de quilombolas Manuel Congo e Marianna Crioula e o escritor cabofriense Antônio Gonçalves Teixeira de Souza.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Ronize Aline faz sua estreia na literatura infantil com 'O Dono da Lua'. Lançamento é hoje na Livraria Travessa de Ipanema


Escritora, jornalista, crítica literária e professora universitária, minha amiga Ronize Aline lança hoje (5/2) o livro infantil O Dono da Lua, publicado pela editora Escrita Fina, com ilustrações de Martha Werneck. A sessão de autógrafos acontece a partir das 16h, na Livraria Travessa, em Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572 – Tel.: (21) 3205-9002).

A história gira em torno de Nick, um menino como todos os outros. Detesta os legumes que os outros garotos também odeiam, e adora as mesmas brincadeiras das quais as outras crianças também gostam. Mas, chegando um pouco mais perto, vê-se que ele é especial. Muito mais do que curioso, ele é um menino que enxerga coisas que ninguém vê; que descobre coisas que ninguém descobre; e que adora passar horas debruçado sob a janela, vidrado nos segredos do céu. Por isso só ele consegue reparar, numa noite, que a Lua simplesmente desapareceu. . Agora, o menino precisa encontrar o dono da Lua, se é que ele existe, e devolver a Lua ao devido lugar, para que ela volte a brilhar.

Estreante no universo infantil, Ronize utilizou as mídias sociais para divulgar seu mais recente trabalho: há cerca de três meses, ela criou uma página sobre O Dono da Lua no Facebook, fez promoções e postou vídeo no Youtube. Com isso, conquistou a simpatia de pais e interessados, que passaram a interagir com a autora. O trabalho de divulgação deu tão certo que Ronize acabou virando notícia em diversos veículos de comunicação.