Editora
do Senado Federal relança obras de escritores alagoanos, entre os quais, Pedro
Motta Lima, autor de ‘Fábrica da Pedra’
A
cidade de Maceió sedia, desde o último dia 25 e até o próximo dia 3 de novembro,
VI Bienal Internacional do Livro de
Alagoas, realização da Universidade Federal de Alagoas (Ufal)
por meio de sua editora, a Edufal, que conta com o apoio da Abeu (Associação
Brasileira das Editoras Universitárias), da CBL (Câmara Brasileira do Livro),
da Prefeitura de Maceió, do Governo do Estado de Alagoas e demais parceiros de
instituições públicas e privadas. Estendendo as comemorações do ano de
entrelaçamento entre Brasil e Portugal (2012-2013), a Bienal tem Portugal como
país homenageado.
A
feira literária acontece no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso,
localizado no bairro de Jaraguá, que dispõe de uma área total de 6.137m² -
sendo 4.727m² de área de exposição, com 142 estandes, 405m² de foyer e recepção
-, facilidade de acesso de estacionamento e segurança pública e particular.
Além disso, a estrutura do local conta com 1.600 m² de mezanino,
cinco salas para oficinas literárias e de criação, auditório com 500 lugares, salas
para palestras e debates com autores nacionais e internacionais, um café
literário para lançamentos e bate-papo com os autores e uma praça de autógrafos
que possibilita a interação entre autores independentes e o público visitante.
Na Bienal há opções de leituras para todos os gostos (Divulgação) |
A
sexta edição da Bienal Internacional
do Livro de Alagoas reúne representação de editoras
universitárias e comerciais de todo o Brasil e do exterior, com a exposição de
aproximadamente 22 mil títulos, proporcionando a estudantes, acadêmicos,
professores e comunidade em geral o contato com material literário de várias
áreas do conhecimento. A visitação estimada nos 10 dias do evento é de 200 mil
pessoas.
Homenagens a escritores alagoanos
Como forma de prestigiar a produção local, os
patronos escolhidos para a sexta edição do maior evento cultural de Alagoas são
os escritores alagoanos, vistos em sua singularidade no grande coletivo da
literatura do estado. Um dos que tiveram obras relançadas foi Pedro Motta Lima (1887-1966), autor do
livro ‘Fábrica da Pedra’, que conta a trajetória de Delmiro de Gouveia, criador de uma
fábrica de linhas no sertão, sob a ótica da luta da classes.
André Motta Lima autografa a obra escrita por seu avô (Arquivo pessoal) |
A família do escritor foi representada na
solenidade por seu neto, o jornalista André Motta Lima, que, emocionado deu
diversos autógrafos e agradeceu, em nome dos familiares, à professora Luitgarde Cavalcanti, que teve a iniciativa e
fez acontecer a reedição. Entre os presentes, o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros, o
governador de Alagoas, Theotônio Vilela, e o jornalista Audálio Dantas.
Abaixo, matéria sobre a
homenagem publicada pelo site oficial da VI
Bienal Internacional do Livro de Alagoas (www.edufal.com.br/bienal2013):
Autores Alagoanos têm
obras publicadas pela Editora Senado Federal
Obra de Pedro Motta Lima é
relançada e recebe o prestigio do reitor Eurico Lôbo e do senador Renan
Calheiros
Silvia Shayline Leite –
Jornalista
Durante
a Bienal, vários lançamentos e relançamentos ocorrem de forma quase que
simultânea em quase todos os expositores. O terceiro dia de evento não foi
diferente. No estande reservado para a Editora
Senado Federal aconteceu a republicação do livro ’Fábrica da Pedra’, do escritor alagoano Pedro Motta Lima, já falecido.
Para
representar a família Motta Lima durante a solenidade, o seu neto André Motta
Lima, esteve presente no box da editora e enfatizou a satisfação de a obra
receber sua segunda edição. A cerimônia ainda teve a presença da professora
Luitcarde Oliveira Cavalcanti Borges, autora do prefácio desta edição, que falou
sobre o “resgate cultural” do livro, que a literatura já foi premiada pela
Academia Brasileira de Letras e retrata um momento histórico de Alagoas.
Estande da Editora Senado Federal reúne escritores renomados |
O
expositor recebeu o prestígio do reitor da Universidade Federal de Alagoas
(Ufal), Eurico Lôbo, que destacou a importância de se realizar eventos como a
Bienal. “O trabalho da Bienal é possibilitar que os autores alagoanos mostrem
seu trabalho”, destacou.
Além
da presença do reitor, o presidente do senado Renan Calheiros esteve no estande
fazendo a doação de 14 títulos em Braille para duas instituições alagoanas: a
Escola de Cegos Cyro Accioly e para a Associação de Cegos de Alagoas (Acal).
Dentre os títulos podemos destacar a Constituição Federal, Lei Maria da Penha,
Estatutos do Idoso, da Criança e do Adolescente, Códigos Florestal e de
Proteção e Defesa do Consumidor, entre outros.
Para
os membros das instituições, que receberam os livros, essa atitude é “louvável
e chegou em boa hora, pois é uma atenção especial aos deficientes visuais”,
destacou Edvan Silva, que acompanha sua esposa, Cleia Santos, que é cega. Já
presidente da Acal, Roberto Freire, fala que a publicação em Braille “dá
autonomia para os deficientes visuais e promove a igualdade dos Direitos
Constitucionais”, fala ele.
O
diretor da Editora Senado Federal, Florian Madruga considera de maior
relevância essa iniciativa do senado de colocar em prática o Ato 15/2013 que
consiste no Plano de Acessibilidade, que está funcionando como modelo para
outros órgãos governamentais.
“São
mais ou menos um milhão e 500 brasileiros portadores de deficiência visual e
muitas editoras não possuem o tato de publicar material em Braille,
restringindo o acesso a informação”, comenta Madruga.
Lançamento
Outro
escritor alagoano que se destacou durante as solenidades do expositor da
Editora Senado Federal foi o historiador Douglas Apratto Tenório com seu livro
“A Presença Holandesa - A História do Açúcar Vista Por Alagoas”,que retrata a
chegada e trajetória do povo holandês nas terras alagoanas quando o Estado
ainda fazia parte do território pernambucano. O Lançamento Oficial está para
acontecer na segunda-feira, dia 29, no Museu Théo Brandão.