terça-feira, 30 de abril de 2013

Vencedora do Jabuti 2012 lança último volume de trilogia iniciada com "A mocinha do Mercado Central"

Vencedora do Livro do ano de Ficção no Prêmio Jabuti 2012, Stella Maris Rezende lançaAs gêmeas da família”, título que encerra trilogia infanto-juvenil iniciada com “A mocinha do Mercado Central”

No terceiro livro de sua trilogia de livros juvenis, iniciada com A mocinha do Mercado Central, a escritora Stella Maris Rezende lança As gêmeas da família, em que conta a história das trigêmeas idênticas Verdança, Azulfé e Rosade. Apenas a voz e a expressão do rosto as distinguem, além das cores das roupas que, por associação, ajudaram a formar os apelidos de cada uma. Por promessa da mãe, até completarem 18 anos de idade, a festiva Maria da Esperança precisa se vestir de verde, a serena Maria da Fé só pode usar azul, e a séria Maria da Caridade tem de se contentar com um figurino exclusivamente cor-de-rosa.
Adolescentes dos anos 1960 no interior de Minas Gerais, as três garotas compartilham a frustração de não arranjar namorado e a paixão pela cantora pop italiana Rita Pavone – além de uma suposta maldição que paira há gerações sobre todas as mulheres gêmeas da família.
Em As gêmeas da família, que tem o selo da Editora Globo Livros, Stella Maris conta o mirabolante plano das meninas de viajar às escondidas ao Rio de Janeiro para conhecer Rita Pavone em pessoa a partir de originais pontos de vista: objetos inanimados, animais de estimação e até elementos da natureza se alternam no papel de narradores testemunhais das desventuras de Verdança, Azulfé e Rosade. A viagem conduz o trio por uma trajetória de descobertas (de si mesmas, da relação entre elas, da afetividade com a mãe) e de amadurecimento pessoal, tendo como pano de fundo um Brasil recém-mergulhado na ditadura militar.
As ilustrações de Weberson Santiago acompanham a narrativa. As gêmeas da família traz também texto de apresentação assinado pela própria Rita Pavone, que acaba de completar 50 anos de carreira. O escritor Luiz Ruffato assina o texto de orelha e o vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Livro Infantil 2012, Biagio D’Angelo, assina a contracapa.
 
A autora
Stella Maris Rezende é mineira de Dores do Indaiá. Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília, desenhista, cantora, escritora e atriz. Publicou dezenas de livros, para o público adulto e o infantojuvenil. Venceu o Prêmio Jabuti como Livro do Ano de Ficção em 2012 por A mocinha do Mercado Central, além de conquistar o primeiro lugar na categoria Juvenil com o título.
A autora também recebeu o Prêmio Nacional de Literatura João-de-Barro (1986, 2001 e 2008), Altamente Recomendável para Jovens/FNLIJ (14 livros), Prêmio Barco a Vapor 2010/Fundação SM e três outras indicações ao Jabuti. No final dos anos 1970 e no início dos 1980, interpretou a Fada Estrelazul do programa Carrossel, TV Manchete/Brasília, e a Tia Stella do programa Recreio, TV Record/Brasília. Viveu parte da infância em Belo Horizonte, mudou-se para Brasília em 1962 e desde 2007 vive no Rio de Janeiro.
 
O ilustrador
Weberson Santiago nasceu em 1983. Faz ilustrações para livros, revistas e jornais. É professor da Quanta Academia de Artes e Universidade de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo.

terça-feira, 23 de abril de 2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Bons resultados para editoras do Projeto Brazilian Publishers



A feira italiana Bologna Children’s Book Fair, que aconteceu de 25 a 28 de março, completou 50 edições neste ano. Desde 1964 é a feira mais importante do setor infanto-juvenil que vem propiciando a oportunidade de encontros com profissionais da área.

Como parte da comemoração de meio século de existência a Bologna Fiere e a AIE - Associazione Italiana Editori lançaram uma nova iniciativa: a premiação chamada BOP - Bologna Prize for the Best Children's Publishers of the year que tem como objetivo destacar os projetos editoriais, as habilidades profissionais e a qualidade intelectual.

A editora Cosacnaify, uma das editoras do Projeto Brazilian Publishers, ganhou o prêmio de Melhor Editora Infantojuvenil da América do Sul e Central de 2013.

O Brasil esteve presente com um estande de 128m² que contou com a participação de 17 editoras brasileiras, o maior número de expositores desde o início das operações do Projeto Brazilian Publishers em Bologna. O estande, com um novo layout, favoreceu a circulação dos editores estrangeiros e propiciou uma média de 32 reuniões por editora. O resultado superou as expectativas com a geração de US$ 73 mil em negócios (entre US$ 6 mil e US$ 8 mil em vendas de direitos autorais e US$ 65 mil em venda de livros físicos).

Nos próximos 12 meses  espera-se negociar em torno de US$ 200 mil (US$ 65 mil a US$ 90 mil em vendas de direitos autorais e até US$ 110 mil em venda de livros físicos).

Os países que mais fizeram contato com os brasileiros foram: França, Portugal, Japão, Reino Unido, Itália e Coreia do Sul, além de Guiné Bissau, Mali, Líbano e Ruanda como sendo considerados novidades.

Fonte: Câmara Brasileira do Livro (CBL)

domingo, 21 de abril de 2013

GEDMA e Livraria Ecológica do Brasil distribuem livros gratuitamente no Complexo do Alemão




Evento atrai atenção de moradores e turistas
na estação Palmeira do teleférico
 



Moradores e turistas que chegavam à estação Palmeira do Teleférico do Complexo Alemão, na manhã deste domingo (21/4), foram surpreendidos com a distribuição gratuita, para crianças, adolescentes e adultos, de centenas de livros. Além dos infantis tradicionais, como Pinóquio, A Bela Adormecida e Rapunzel, por exemplo, havia títulos ligados a diversas áreas profissionais, como marketing, biologia, direito, estatística, informática e artes.

A ação é o resultado da parceria do grupo Guardiões em Defesa do Meio Ambiente (GEDMA), que tem a finalidade de promover o controle Ambiental e Urbano, de forma preventiva, coibindo e identificando crimes ambientais e urbanos, com a Livraria Ecológica do Brasil, instituição que tem como principal missão tirar as crianças das ruas, oferecendo a elas livros como lazer e o incentivo ao gosto pela leitura.

Este foi o segundo evento literário promovido pelas instituições na estação Palmeira – o primeiro, no dia 7, contou também com a participação da Fábrica Verde, que  tem por objetivo o reaproveitamento de computadores ao mesmo tempo em que estimula a inclusão social de jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social, gerando emprego e renda para os educandos atendidos. Na ocasião, foram sorteados dois computadores completos entre os moradores que efetuaram a troca de material reciclável por livros.

Comandante Brandão, do GEDMA
De acordo com o comandante Brandão, do GEDMA, e com o coordenador da Livraria Ecológica, Demésio Batista, estas ações ecológicas literárias fazem parte de um projeto cultural criado pelas duas instituições para ser apresentado à direção da SuperVia, empresa que administra o Teleférico do Alemão. “Nossa intenção é realizar uma feira ecológica literária em cada uma das estações do teleférico. Batizamos este projeto de ‘Super Via Ecológica de Leitura’, que vai permitir que os moradores e turistas troquem material reciclado por livros em qualquer uma das estações. Além de proteger o meio ambiente, pois vai impedir que muito lixo seja jogado nas ruas de nossa comunidade, vai incentivar a leitura entre as crianças e jovens. Esperamos contar com a sensibilidade da SuperVia”, afirma ele, esperançoso de ver o projeto espalhado por todo o Complexo do Alemão.


Apesar da chuva que castigou diversos pontos do Rio de Janeiro, a distribuição de livros não foi totalmente afetada: o ponto de sua realização é que foi modificado, deixando e ser ar livre para um lugar coberto. E vários exemplos de alegria e entusiasmo puderam ser vistos na manhã deste domingo, quando crianças e adultos pegaram seus exemplares na estação Palmeira. Com a felicidade estampada no rosto, muitos trataram logo de encontrar um cantinho para fazer a leitura do livro, enquanto alguns turistas, vindos de outros estados brasileiros, diziam que iam “guardar para ler na viagem de volta”.

Rodrigo Ramos leu várias histórias para as crianças
O militar Rodrigo Ramos, de 25 anos, que visitava o Complexo do Alemão em companhia de amigos, fez a alegria de diversas crianças: pegou alguns livros infantis, sentou no chão, encostado na porta da estação, e começou a ler as histórias. “Gosto muito de crianças e de leitura. Tanto que montei uma biblioteca em minha casa, em Bento Ribeiro, onde recebo muita gente à procura de livros. Eu adoro ler para as criancinhas e faço isso com muita satisfação”, afirmou, entre risos de alegria enquanto lia trechos de ‘Pinóquio’.

Abaixo, alguns momentos da ação ecológica literária realizada na estação Palmeira:
Demésio Batista, coordenador da Livraria Ecológica do Brasil
  

 

 


 


 


 












 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Comemore o Dia do Índio com leituras sobre este importante povo brasileiro


Comemora-se hoje, 19, o Dia do Índio. Este blog, como incentivador da leitura, indica alguns livros sobre os índios brasileiros, para que você comemore aprendendo um pouco mais sobre esta importante raça.

O Dia do índio, 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540 de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos".

Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril. O Dia do Índio tem como função relatar os direitos indígenas e faz com que o povo brasileiro saiba da importância que eles têm na nossa história.

● Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros - Coleção Indígenas
Autor: Silva, Walde-mar de Andrade e
Editora: FTD

● Os Primeiros Habitantes do Brasil - Coleção A Vida no Tempo do Índio
Autor: Guarinello, Luiz Norberto
Editora: Atual

Pedzeré: Linhas e Cores
Autor: Naná Martins
Editora: FTD
Todas as manhãs, enquanto colhia folhas frescas, a bela indígena Pedzeré era observada pela jiboia-arco-íris. Apaixonado pelo encanto da jovem, o animal pede aos céus que o transforme em um homem para se declarar a Pedzeré. A autoria é de Naná Martins.


● Histórias dos Índios no Brasil
Autor: Cunha, Manuela Carneiro da
Editora: Cia das Letras

● A Heresia dos Índios - Catolicismo e Rebeldia
Autor: Vainfas, Ronaldo
Editora: Cia das Letras

● O Índio e a Conquista Portuguesa - Coleção Discutindo a História do Brasil
Autor: Koshiba, Luiz
Editora: Atual

● Os Índios Antes do Brasil
Autor: Fausto, Carlos
Editora: Jorge Zahar

● Questão do Índio
Autor: Portela, Fernando
Editora: Ática

● Deus na Aldeia: Missionários , Índios e Mediação Cultural
Autor: Montero, Paula
Editora: Globo Editora

● A Criação do Mundo Segundo os Índios Ianomami
Autor: Bastos, Jorge Henrique
Editora: Hiena

● Dicionário de Palavras Brasileiras de Origem Indígena
Autor: Chiaradia, Clovis
Editora: Limiar

● Contos Indígenas Brasileiros
Autor: Munduruku, Daniel
Editora: Global

A Aventura de Abaré
Autor: Juliana Schroden
Editora: FTD
O simpático papagaio Abaré, que vive com seu amigo Membira e sua família em uma aldeia indígena nômade, resolve partir para a cidade em busca de aventuras. Conhece então diversas crianças, que vivem em famílias muito diferentes, em ambientes urbanos variados. E nessa busca, narrada por Juliana Schroden, faz uma descoberta reveladora.

● Direito e Povos Indígenas
Autor: Villares, Luiz Fernando
Editora: Jurua

● Arte Indígena do Pré - Colonial À Contemporaneidade - Coleção Arte Brasileira
Autor: Tirapeli, Percival
Editora: Nacional

● Bahia Indígena - Encontro de Dois Mundos - Verdade do Descobrimento do Brasil
Autor: Giménez, Célia Beatriz; Coelho, Raimundo dos Santos
Editora: TopBooks

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Hoje é o Dia Nacional do Livro Infantil. Aproveite a data para incentivar a leitura entre as crianças



Você sabia que hoje, 18 de abril, é o Dia Nacional do Livro Infantil? E que nesta data também é comemorado o Dia de Monteiro Lobato?

Monteiro Lobato foi um dos maiores escritores brasileiros do século passado. É o precursor da literatura infantil no Brasil, e criador dos livros infantis "Coleção Sítio do Pica Pau Amarelo", composta por mais de 30 obras. Lembrou agora?

Ele começou no mundo das letras com pequenos contos para os jornais estudantis dos colégios Kennedy e Paulista, que freqüentou em Taubaté, em São Paulo, sua cidade natal.

Monteiro Lobato jamais escondeu sua paixão pela pintura e gostaria de ter cursado uma escola de Belas Artes. Por imposição do avô, seu tutor após a morte dos pais, acabou entrando para a faculdade de direito. Desistiu das artes plásticas e se fez escritor.

Suas primeiras criações, antes do Sítio, foram o caipira muito preguiçoso Jeca Tatu e o livro infantil “A menina do nariz arrebitado”. Todos seus personagens e histórias fazem referência a vida no campo, pois viveu na fazenda de sua família, durante a infância.

A fama chegou através de alguns personagens como, Dona Benta, Narizinho e Pedrinho, Tia Nastácia, a boneca irreverente Emília, o Visconde de Sabugosa, o porco Rabicó e o rinoceronte Quindim. Todos integrantes do Sítio do Picapau Amarelo.

 Origem do Dia de Monteiro Lobato
O Dia de Monteiro Lobato é comemorado no mesmo dia do aniversário do escritor, 18 de abril. Ele morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade. Em 2002, foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infanto-juvenil.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Casagrande solta seus demônios em biografia com sessão de autógrafos no Rio de Janeiro


Ex-jogador faz revelações inéditas: da dependência de drogas à recuperação, do doping à Democracia Corintiana. Lançamento acontece nesta terça-feira (16/04) a partir das 19h na Livraria Saraiva do Shopping RioSul

“Demônios à solta” não são mera figura de linguagem. Eles aparecem logo no título do primeiro capítulo do livro Casagrande e seus demônios, tratando daqueles fantasmas que rondam a vida de uma pessoa em desequilíbrio físico e emocional. Os “demônios” ilustram bem a reviravolta na vida de Walter Casagrande Júnior, que foi de ídolo do esporte a viciado em cocaína e heroína. Casão, ex-jogador do Corinthians, querido da torcida, integrante da Democracia Corintiana junto com Sócrates, também jogou pelo Flamengo e atualmente é comentarista da TV Globo. Ele expõe sem firulas ao jornalista Gilvan Ribeiro, coautor do livro, todo o seu declínio e restabelecimento.

Ricamente ilustrado, com um caderno recheado de fotos, a publicação tem apresentação de Antônio Prata, que se declara um admirador de Casagrande, e prefácio de Marcelo Rubens Paiva, amigo de sempre, que endossa a hipótese de que tantas coisas boas, e outras tantas ruins, que permearam a vida do ex-jogador dariam um bom roteiro para um livro. “Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua internação, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alertar para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade”.

Na publicação, Casagrande faz revelações inéditas como, por exemplo, o doping que sofreu quando jogava na Europa. Mas foi na Europa que, em quatro situações, Casagrande foi obrigado a se dopar pelo clube em que jogava. Tomou uma injeção de Pervitin no músculo. “Isso realmente melhorava o desempenho, o jogador não desistia em nenhuma bola. Cansaço? Esquece... se fosse preciso, dava para jogar três partidas seguidas”, conta. No entanto, o jogador era radicalmente contra o doping e se negou a continuar fazendo uso da droga. Foram oito anos na Europa, até ele voltar a atuar no Brasil.

O amor pela música
Mas Casagrande e seus demônios, como a carreira do próprio jogador, vai bem além das drogas. Fã de rock – especialmente de Janes Joplin e AC/DC –, é amigo de roqueiros nacionais, como Rita Lee, a quem dedicou o “Gol Rita Lee”, no segundo jogo do Corinthians pelo Campeonato Paulista de 1982, contra o São Paulo. "O Casagrande foi o jogador e é o comentarista mais rock ‘n’ roll da história do futebol brasileiro", diz o publicitário Washington Olivetto na quarta capa do livro. Ao comentar que o lado roqueiro fez com que muitos jovens se identificassem com o atacante corintiano, Olivetto diz que Casagrande “é o precursor de um personagem que começou a se materializar fortemente na Europa a partir do Ronaldo Fenômeno. É o que eu chamo de futpopbolista, cruzamento de jogador de bola com ídolo do pop”.

Casagrande via seu cotidiano sempre em evidência, não só por ser um ídolo no clube e na seleção brasileira, e por sua atuação política. Na época da ditadura militar, mantinha longos cabelos despenteados, usava jeans puídos e camisetas com slogans políticos. Desde menino, Casão fixava sua atenção nos rumos dados pelo governo, era contra a prisão arbitrária de oposicionistas ao regime, filiou-se ao PT quando o partido ainda era uma legenda nova – e é lulista convicto até hoje. Foi, então, com naturalidade que fez parte da Democracia Corintiana – termo batizado por Olivetto –, encabeçada pelos jogadores Sócrates, Wladimir, Zenon. Para além da autogestão implantada no clube, em que jogadores, comissão técnica e diretoria tinham poder de voto, os esportistas usavam camisetas em que exibiam apelos políticos, como Diretas-já.

Amizade com Sócrates
O livro apresenta também um capítulo inteiro dedicado à afinidade que Casagrande tinha com Sócrates. Ironicamente, os dois se viram envolvidos com o vício – Casagrande com as drogas, Sócrates com o álcool. E por conta dele, o Magrão, como Casa chamava o amigo, cometeu diversos deslizes, a exemplo de chegar duas horas atrasado no casamento em que era padrinho. “Não concordo com muitas coisas que o Sócrates fez, ou até mesmo deixou de fazer. Acho que lhe faltava flexibilidade para usufruir a própria genialidade na plenitude. Ele poderia ter tido influência no país de modo muito mais efetivo”, analisa o jogador. A ruptura aconteceu quando Sócrates insinuou que Casagrande havia se “vendido ao sistema” ao aceitar o trabalho na TV Globo. Sem bate-boca, os grandes amigos se afastaram. Só voltaram às boas quando Magrão foi internado com hemorragia digestiva – que o levou à morte em seguida. “Ainda bem que nos reaproximamos no final da vida dele. Senão, a dor seria insuportável”, t estemunha no livro. No Diário de S.Paulo publicou um texto em que contava sobre essa amizade tão importante. Suas últimas palavras: “Tínhamos uma estreita aliança... Vou jogar meu anel fora. Fazer o que com um anel pela metade?”.

Gilvan Ribeiro e Casagrande (Ricardo Matsukawa / Terra)
Gilvan Ribeiro, que é amigo antigo de Casagrande, diz que a revolução na vida do craque “é uma história sem fim”. E que o ex-jogador “colhe os louros do nocaute sensacional sobre as drogas”, mas que ele precisa estar sempre alerta para não voltar a ter uma recaída. No último capítulo, “Casão por ele mesmo”, o ídolo rememora sua turma de amigos de adolescência, a Turma do Veneno, fala com emoção sobre a conquista do mundial do Corinthians no Japão – e sobre seu papel de torcedor durante a transmissão pela TV –, conta sobre seus fracassos amorosos – “O término de um relacionamento é um tipo de morte, em que a vida em comum deixa de existir” –, discorre sobre seu dia a dia no apartamento em que mora sozinho pela primeira vez, e afirma que ninguém deve ficar no “meio-termo”, todo mundo tem de viver por completo. Como ele mesmo faz.


Sobre o coautor
Gilvan Ribeiro nasceu em Bauru (SP), no dia 31 de dezembro de 1964, e iniciou a carreira de jornalista na Folha de S. Paulo, em 1987. Trabalhou como repórter da ESPN/Brasil de 1994 a 1998. Está no Diário de S. Paulo (antes, Diário Popular) desde 1992 e, atualmente, é editor do caderno de esportes. 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Livro de estreia da maquiadora Alice Salazar bate recorde em pré-venda


O livro de estréia da maquiadora e blogueira Alice Salazar, De bem com o espelho, um mês antes da chegada prevista às livrarias, já bateu um recorde de vendas da editora, chegando a mais de 1.000 exemplares comercializados. Para isso, bastou a Editora Belas-Letras disponibilizar a venda em sua loja virtual, em apenas três, incluindo compras de leitores em outros países, como Japão, Nova Zelândia, Portugal, Argentina e Irlanda.

Oficialmente, o livro chega às livrarias somente depois do dia 25 de abril, como lançamento para o Dia das Mães. A obra reúne dicas valiosas de maquiagem como truques infalíveis para diminuir nariz, queixo e testa. A maquiadora se tornou um fenômeno com seus vídeos no youtube, que somam mais de 38 milhões de visualizações.

Se através da internet Alice já melhorou a vida de muita mulher por aí com seus vídeos explicativos, agora suas dicas estão mais acessíveis do que nunca, já que transformou suas principais e mais valiosas técnicas em um livro de fácil entendimento. E melhor: feito para mulheres da adolescência à maturidade.

O espelho mexe diretamente com a autoestima. E, na maioria das vezes, elas são realmente vaidosas, mas por falta de conhecimento em técnicas simples – como usar o curvex nos cílios – ficam limitadas a maquiagens mal feitas e que acabam por ressaltar aquilo que elas querem tanto esconder, como olheiras e espinhas.

Nesta sua primeira obra, Alice Salazar ensina como ficar com uma pele encantadora e olhos radiantes mesmo depois de um dia de trabalho daqueles – ou até mesmo depois de um fora na balada; ajuda a leitora a identificar qual é o tipo de pele – normal, seca, oleosa, mista –, e a valorizar morenas, loiras, negras, ruivas e orientais de acordo com cada tom de pele e cabelos.

Como ela diz, “depois de ler esse livro, as mulheres deixarão de ser meio bonitas para serem superbonitas!”. Carregar esta bíblia de beleza é sempre estar De bem com o espelho.

Sobre a autora:
Alice Salazar nasceu em agosto de 1983, em Porto Alegre. Aprendeu a maquiar com sua mãe, a também maquiadora e designer de sobrancelhas Margarete Salazar. Em 2007, resolveu dedicar-se à carreira de maquiadora e frequentou cursos no Instituto Embelleze e no SENAC. No mesmo ano, interrompeu o curso superior em Design e ingressou em Estética e Cosmética na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Trabalhou como maquiadora do Grupo RBS, emissora afiliada da Rede Globo de Televisão, por quatro anos. Em 2010, foi convidada pelo Grupo RBS a criar um blog sobre maquiagem – o Espelho Meu. Cursou a Escola de Maquiagem Make Up Forever, no Atelier Make-Up Paris, na França, e na Escola da Kryolan, na Argentina.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Projetos sociais promovem troca de materiais recicláveis por livros na Rocinha



O projeto Fábrica Verde tem por objetivo o reaproveitamento de computadores ao mesmo tempo em que estimula a inclusão social de jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social, gerando emprego e renda para os educandos atendidos. E, além de proporcionar a reutilização destes equipamentos pela comunidade assistida como um todo, contribui para a redução de resíduos sólidos, neste caso, o chamado e-lixo.

A Livraria Ecológica do Brasil, instituição que tem como principal missão tirar as crianças das ruas, oferecendo a elas livros como lazer e o incentivo ao gosto pela leitura, já realizou, em menos de dois meses, a troca de mais de 30 mil exemplares, entre infantis, infanto-juvenis, livros didáticos e literatura em geral.

O grupo Guardiões em Defesa do Meio Ambiente (GEDMA) tem a finalidade de promover o controle Ambiental e Urbano, de forma preventiva, coibindo e identificando crimes ambientais e urbanos, com uma fiscalização inicial, com o objetivo de assegurar a melhoria de vida da população de todo o Estado do Rio de Janeiro, além de criar e apoiar projetos sociais e sustentáveis, visando a melhoria da comunidade e a preservação do meio ambiente.

Ladeira dos Tabajaras
A união destas três instituições tem proporcionado inúmeras ações em benefícios de diversas comunidades, como as realizadas na Ladeira dos Tabajaras e, a mais recente, no último domingo (7/4), na estação Palmeira do Teleférico do Complexo do Alemão. Além da troca de livros por materiais recicláveis, na ocasião foram sorteados dois PCs completos para moradores da comunidade.

Complexo do Alemão
A ação será repetida nesta quarta-feira (10/4), na Rocinha (Estrada da Gévea, 486, bloco 20, entrada da Casa da Paz), das 10 às 16h, para onde serão levados 1.500 livros infantis, infanto-juvenis, livros didáticos e literatura em geral. Cada morador que efetuar a troca de recicláveis por livros vai receber um cupom numerado, que dará direito à participação do sorteio de dois computadores. O local também vai funcionar como posto de arrecadação para quem quiser fazer doações de livros e computadores sem uso.

Participe desta ação. Além de proteger o meio ambiente, você vai ajudar a estimular o gosto pela leitura.