quarta-feira, 20 de julho de 2016

Bordões e polêmicas de Leonel Brizola reunidos em livro pela neta do ex-governador


A deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Juliana Brizola lança hoje na Livraria Travessa de Ipanema, na Rua Visconde de Pirajá 572, o seu livro Meu Avô Leonel - frases, 'causos' e depoimentos', com o selo da editora Letra Capital, escrito em parceria com a jornalista Rejane Guerra.

A neta de Leonel de Moura Brizola reuniu o repertório das frases polêmicas de seu avô, fundador do PDT, em um trabalho que levou dez anos para ser concluído. O período pesquisado vai desde antes do golpe militar (1964) até 2004, quando o ex-governador dos estados do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro morreu.

Jornais antigos, gravações de discursos, cartas e bilhetes de Brizola serviram para o trabalho de Juliana, que encontrou verdadeiras “pérolas” ditas pelo avô político. Entre elas, “A política é a arte de engolir sapos. Não seria fascinante fazer agora a elite brasileira engolir o Lula, este sapo barbudo”, quando anunciou o apoio ao então candidato a presidente Lula, durante o segundo turno das eleições de 1989. Ou ainda sobre o ex-governador Garotinho, ao romper com o PDT: “Garotinho é como uma bola, não tem lado e é oco por dentro”.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Livro indica que paisagem cultural do vinhedo tem condições de pleitear título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco


Obra foi escrita pelos pesquisadores da cultura do vinho, Rinaldo Dal Pizzol e o antropólogo espanhol Luís Vicente Elias Pastor

A paisagem do vinhedo como um produto antropológico iniciada com a chegada dos primeiros imigrantes italianos à Serra Gaúcha em 1875 e com uma tipologia única são apenas algumas das constatações do livro Paisagem do Vinhedo Rio-Grandense, escrito pelos pesquisadores da cultura do vinho, Rinaldo Dal Pizzol e o antropólogo espanhol Luís Vicente Elias Pastor, lançado na noite do dia 27 de junho, em Bento Gonçalves (RS).

Essa obra complexa, que trata de duas regiões vinícolas do Rio Grande do Sul, a Serra Gaúcha e a Campanha, apresenta centenas de imagens que revelam o trabalho árduo do viticultor e também traz conceitos e visões importantes que indicam a necessidade de reflexões sobre o futuro dessa paisagem. Diante disso, Luís Vicente recomenda que a paisagem da Serra Gaúcha seja candidata à Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.


Durante o lançamento da obra, Dal Pizzol exaltou o trabalho do viticultor, que chegou a Serra Gaúcha a partir de 1875 e ergueu casas, escolas, capitéis, igrejas, cemitérios, hospitais e todas as culturas de subsistência. O vinhedo foi o que permaneceu, cresceu e se consolidou durante os 140 anos, apesar das dificuldades. "Para a produção do livro foram anos de pesquisa e quilômetros de caminhadas para colher depoimentos, visitar produtores e ter a percepção real desse cenário que é a paisagem do vinhedo", ressaltou.

Luís Vicente não pode estar presente ao evento, mas enviou um vídeo em que diz ter chamado muito à atenção a presença no Rio Grande do Sul de um tipo de vinhedo em forma horizontal de latada, único no mundo em função de sua sustentação ser sobre pilares de árvores de Plátano e também alguns de pedra. "Todo esse conjunto torna essa paisagem muito singular, por isso é possível considerá-la Patrimônio Cultural da Humanidade, como forma de preservá-la. Sem dúvida, seria uma grande conquista", evidenciou.

Rinaldo Dal Pizzol durante o lançamento do livro
Entre as tantas propostas do livro, Dal Pizzol destacou três que considera mais relevantes: a primeira apresentando "paisagens singulares" e que podem se tornar atrativos turísticos; a segunda sugere reflexões sobre a sustentabilidade dessa paisagem do vinhedo da Serra Gaúcha, sujeita a fraquezas e ameaças; e, por fim, seria desejável um movimento que inclua os produtores, governos municipais da região e a comunidade em geral para que haja a compreensão de que existem antecedentes e justificativas a fim de que a paisagem seja considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, a exemplo de outros locais equivalentes na Europa, o que pode gerar reflexos positivos para o consumo interno de vinhos, ao colocar essa paisagem em uma vitrine e referência internacional.


O secretário de Turismo de Bento Gonçalves, Gilberto Durante, presente ao evento e representando o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, agradeceu o empenho de Dal Pizzol por meio de propostas inovadoras, como o Vinhedo do Mundo, o Ecomuseu da Cultura do Vinho assim como pela participação e fundamental apoio junto ao Conselho Municipal de Turismo. Igualmente, enfatizou o papel de Luís Vicente e todo seu conhecimento compartilhado para a concretização da obra.

O livro conta com 288 páginas, dividido em 15 capítulos, e tiragem de três mil exemplares e tem a apresentação da professora Ivanira Falcade da Universidade de Caxias do Sul (UCS). O prefácio é de Mirian Sartori Rodrigues, diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae/RS), e prólogo de Jorge Tonietto, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho.

Rinaldo Dal Pizzol autografando a obra "Paisagem do Vinhedo Rio-grandense"
A obra é uma referência nos estudos da paisagem do vinhedo e foi produzida com projeto aprovado pelo Ministério da Cultura e conta com o patrocínio de Bradesco, Italínea, Florense, Toniolo Busnello e Concresul, e tem o apoio do SENAR e Dal Pizzol Vinhos Finos.

Serviço
O que: livro Paisagem do Vinhedo Rio-grandense
Autores: Rinaldo Dal Pizzol e Luís Vicente Elias Pastor
Venda: em Bento Gonçalves nas livrarias Aquarela e Paparazzi ou solicitar via e-mail instituto@dalpizzol.com.br ou pelo telefone (54) 3449-2234.

Valor: R$ 25,00

Tradicional empório de São Paulo tem sua história contada em livro

Casa Godinho é o mais antigo estabelecimento da cidade e, em plena forma, comemora seus 127 anos com todo o vigor de um armazém dos velhos tempos que mantém uma impecável coerência desde que abriu suas portas: ali só se vende do bom e do melhor. Lançamento acontece neste sábado (2/7)

A Casa Godinho, tradicional empório fundado em 1888 na cidade de São Paulo, tem sua história retratada na obra de Silvia Soler Bianchi, Casa Godinho: um lugar de memória na cidade de São Paulo, publicada pela Editora Mackenzie. O livro será lançado amanhã, sábado (2/7), às 11h, na própria Casa Godinho (Rua Líbero Badaró, 340), no antigo centro econômico da capital de São Paulo.

O livro traz à tona aspectos da cidade, colocando holofotes em seu Centro Velho. Em especial, revela a Casa Godinho como um lugar repleto de cores, gostos e cheiros, que evocam uma São Paulo de outros tempos, ainda guardada em suas estantes, em seus ladrilhos hidráulicos, balcões e na qualidade de suas iguarias importadas.

A Casa Godinho é, sobretudo, lembrada na Belle Époque paulistana por imigrantes que buscavam os produtos de sua terra natal. Alguns mais abastados usufruíam de seus produtos regularmente; outros, que lutavam no dia a dia, guardavam cada vintém para degustar, em uma data especial, um de seus produtos, capaz de reavivar memórias distantes ou mesmo perpetuar uma tradição familiar preservada por gerações.

O local exerceu forte representatividade na formação cultural, social e política da elite paulistana, em especial no período de 1888 a 1930, quando os valores dessa classe social encontraram eco nas práticas comerciais da casa, modificando não somente os hábitos alimentares, mas também o consumo de produtos, serviços e valores europeizados.

É nas cidades que as ideias da globalização e da modernidade tomam grandes proporções, levando a uma sistemática destruição das marcas do passado. Em uma cidade como São Paulo, multiculturalista, de experiências díspares, facetada, isso é muito mais evidente. A história da Godinho foi resgatada como um fator fundamental na compreensão de seu papel na formação dos valores da elite paulistana nas primeiras décadas do século XX.

Casa Godinho: um lugar de memória na cidade de São Paulo foi desenvolvido por meio de estudos e pesquisas, que desvendam fatos que se fizeram esquecidos, e que a mercearia representou um lugar em que se pode ancorar a memória. Os lugares de memória são bastante significativos: trazem sentido à história, representam um marco de uma nova era, uma nova forma de se olhar para a história, possuem aspectos nostálgicos e são também um sinal de pertencimento a um grupo, no caso, dos paulistanos.

A Casa Godinho ainda resiste ao tempo e continua a ter seu espaço não apenas na cidade, mas também na memória e no coração daqueles que a frequentam e conhecem sua história. Vale a pena visitá-la!

Sobre a autora
Silvia Soler Bianchi é doutora em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM); mestre interdisciplinar em Educação, Comunicação e Administração, psicopedagoga e graduada em Pedagogia e História. É membro titular do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de São Paulo (IHGSP) e envolve-se com pesquisas em História Cultural, voltadas aos temas que tratam dos Lugares de Memória e da importância desses locais na formação da identidade cultural dos indivíduos, bem como Bens Imateriais, História do Cotidiano e Memórias Individuais e Coletivas. É professora universitária e dedica-se à coordenação dos cursos de Pedagogia, História e Letras. Com formação interdisciplinar, trabalha com projetos em que a troca de conhecimento e experiência entre as diversas áreas proporciona a construção de novos olhares e novas percepções de vida e de mundo.


Sobre a Editora
Especializada na publicação de livros acadêmicos e técnico-científicos, a Editora Mackenzie, com mais de 16 anos de mercado, publicou mais de 200 títulos de alguns dos mais renomados pesquisadores do país, nas áreas de Administração, Educação, Engenharia, Filosofia, Letras e Linguística, Psicologia, Teologia, entre outras, contribuindo para o desenvolvimento da educação brasileira.

Serviço
Lançamento: Casa Godinho: um lugar de memória na cidade de São Paulo
Autora: Silvia Soler Bianchi
Edição: 1ª
Páginas: 168 (16 x 23 cm)
Ano: 2016
Preço: R$ 50,00