terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Marcinho VP lança livro em parceria com jornalista e revive memórias da crônica policial carioca


O livro Marcinho VP - Verdades e Posições: O Direito Penal do Inimigo foi escrito por Marcio Santos Nepomuceno, o "Marcinho VP", ao longo dos dois últimos anos, e organizado pelo jornalista Renato Homem, carioca, 55 anos, com passagens pelos principais jornais do Rio de Janeiro. As 358 páginas do livro editado pela Gramma Livraria e Editora reúnem reflexões, fotos e memórias da crônica policial carioca, escritas através de centenas de cartas enviadas por Marcinho VP a Renato Homem.

O jornalista Renato Homem
Com um olhar crítico, Marcinho VP aborda o seu dia a dia no cárcere, aponta a falência da execução penal no Brasil e recorda episódios marcantes da crônica policial carioca. “O cárcere impõe restrições ao ir e vir, mas jamais será capaz de impedir o preso de pensar”, salienta o autor, que atualmente se encontra preso na penitenciária federal de Catanduvas (PR). Sua narrativa é um relato pungente, que seguramente irá despertar a atenção dos amantes das boas histórias.

Após os lançamentos na quadra da Mangueira, em outubro de 2017, e na Livraria da Travessa, no Centro, no último dia 26 de janeiro, o livro já pode ser adquirido no ambiente virtual. A obra está disponível para venda online e ganhou um site próprio (https://www.marcinhovp.com.br/), onde o leitor poderá conhecer um pouco mais sobre a construção do livro e sobre a história de vida do autor.

Lançamento na Livraria da Travessa, no Centro
O autor
O nome de batismo é Marcio Santos Nepomuceno, 41 anos, casado, pai de seis filhos e nascido no subúrbio carioca de Marechal Hermes. Quis o destino que os caminhos pelos quais percorreu ainda na juventude o fizessem ser conhecido pelo apelido de "Marcinho VP", interno da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) desde outubro passado. De todos os adjetivos que recebera, Marcio é, acima de tudo, um ser humano resiliente, inquieto, um crítico por natureza.

Marcinho VP
Preso desde agosto de 1996, quando sequer tinha completado a maioridade penal, decidiu que sua luta não se resumiria à busca pela liberdade. Banido do seu estado de origem a partir de janeiro de 2007, o seu testemunho provoca o debate sobre os reflexos do isolamento, do preconceito e das injustiças, sobretudo, entre os jovens, negros e flagelados, justamente os que mais necessitam da presença de um Estado forte e autônomo.

A obra revela-se um testemunho vigoroso feito por alguém que há 21 anos enxerga o mundo exterior por entre as grades das celas úmidas do cárcere. Como bem define o autor, "O Direito Penal do Inimigo" não se trata de uma obra de autopromoção ou de apologia ao crime, mas um grito por justiça e contra as desigualdades sociais.


No Prefácio do livro, Luís Carlos Valois - Juiz de Direito, mestre e doutor em Direito Penal e Criminologia pela USP, resume de forma taxativa a situação do sistema carcerário brasileiro e lembra que o livro de Marcinho VP é, acima de tudo, a esperança de que um dia as mudanças ocorram. "...Talvez a ilegalidade da prisão nos faça preferir não ouvir o preso, não ver o encarceramento como realidade social. Fechamos os olhos, mais uma vez, em mais uma circunstância, para mais uma ilegalidade, a fim de hipocritamente alardearmos a existência de um Estado de Direito no Brasil. Mas há presos que, como Marcio Santos Nepomuceno, resolveram falar, apesar das grades e dos muros, apesar da ilegalidade em que estão inseridos. É a voz que vem, a voz possível que vem do interior do cárcere. É seu lamento, sua dor, é sua vida, é sua esperança..."

Lançamento na quadra da Mangueira
Uma das centenas de cartas enviadas por Marcinho VP
Renato Homem autografa a obra na quadra da Mangueira

Editora Pixel lança no Brasil “Monstress”, o mangá que conquistou o mundo


Em um universo alternativo inspirado na Ásia oriental, a HQ traz uma história de coragem, vingança e compaixão escrita por Marjorie Liu e ilustrada por Sana Takeda

Sucesso da Image Comics e vencedora do Prêmio Hugo para Melhor História Gráfica, Monstress chega às livrarias brasileiras pela Editora Pixel. A HQ, que foi uma das mais vendidas em 2016, recebeu várias indicações ao Prêmio Eisner e foi escrita pela americana Marjorie Liu e ilustrada pela artista japonesa Sana Takeda.

Consagrada várias vezes nas listas de mais vendidos do The New York Times, Liu já fez diversas parcerias com a Marvel escrevendo histórias da Viúva Negra e outras séries relacionadas com os X-Men. Takeda também trabalhou com a Marvel ilustrando diversas histórias da marca.

A série Monstress traz um ambiente negro e adulto, voltado para o steampunk, e é uma junção de fantasia e ficção cientifica.  Marjorie Liu narra a história de Maika Halfwolf, uma adolescente arcânica que sobreviveu a uma guerra cataclísmica entre humanos e a arcânicos – uma raça híbrida que descende dos Anciãos.

Depois da guerra, a protagonista é escravizada por bruxas inimigas que suspeitam dos seus grandes poderes. Na luta pela sobrevivência, ela começa a desvendar o seu misterioso passado e, durante o processo, descobre que tem uma ligação psíquica com uma poderosa criatura de outro mundo.

Os acontecimentos da HQ ocorrem em 1900 em uma Ásia alternativa e matriarcal, e explora problemas sociais e políticos da vida real de uma maneira inovadora. A concisão e origem do universo em que a história decorre é um dos pontos mais elogiados da HQ, que promete ser um sucesso entre os amantes brasileiros de quadrinhos e mangás.

Sobre a Pixel

A Pixel é um selo reconhecido no segmento de histórias em quadrinhos clássicas. Sempre inovando, também aposta em franquias do universo geek, que é um mercado em ascensão no Brasil. Com exclusividade, publica as HQs dos fi lmes Disney e de personagens dos games como The Witcher, Mirror’s Edge e Dark Souls. Assim como a Coquetel, está presente em grande parte das bancas de jornal e livrarias do país.

Livro de professora da UFSCar aborda modelagem de ecossistemas florestais


A docente Kelly Tonello, do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), publicou o livro Modelagem de ecossistemas florestais: ambiente, água e ecofisiologia, em coautoria com o professor José Teixeira Filho, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O objetivo da obra é caracterizar, a nível foliar, as propriedades ecofisiológicas intrínsecas de clones de Eucalyptus sp em função de variáveis ambientais e disponibilidade hídrica do solo, em diferentes escalas.


O livro trata da relação da produtividade das florestas com a eficiência no uso de recursos naturais, como água, nutrientes do solo e exposição à luz durante o crescimento da planta. O lançamento do livro será realizado em fevereiro, na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp. O livro já está disponível para compra online no site da Editora Prismas, em www.editoraprismas.com.br

domingo, 28 de janeiro de 2018

Projeto Praça da Leitura completa 15 anos e chega ao Aterro do Flamengo


Contação de histórias e oficina de criação de livros será em fevereiro

Com realização da Alternativa Cultura, dois dias inteiros dedicados ao incentivo à leitura no Aterro do Flamengo, o Projeto Praça da Leitura aterrissa no mais belo parque​​​​ da cidade nos dias 3 e 4 de fevereiro, das 9h às 15h, próximo ao Teatro Municipal de Marionetes Carlos Werneck. Na programação, atividades com contadores de histórias e arte-educadores que farão oficina de criação de livros, além de jogos lúdicos e criativos. Todas as atividades são gratuitas e a faixa etária é livre.

  
O projeto sociocultural idealizado por Graça Gomes, produtora e diretora da Alternativa Cultura, destaca bons autores como opções para crianças e jovens. A biblioteca da Praça da Leitura abarca obras de autores prestigiados como reforço para a formação de novos leitores. Nomes como Ruth Rocha, John Green e Antoine de Saint-Exupéry estão na lista literária. No acervo renovado de 600 livros voltados ao público infantojuvenil, encontra-se clássicos da literatura brasileira e universal ao lado dos famosos blockbusters, como "Diário de Um Banana", "As Vantagens de Ser Invisível" e "Minha Vida Fora de Série", entre outros.


A proposta do projeto está focada no desenvolvimento humano de crianças e jovens, moradoras de comunidades de baixo IDH ou com pouco acesso à arte e cultura. Desde 2002, a Praça da Leitura é realizada em comunidades de diversos bairros do Rio, tendo atingido um público de 42.000 usuários.

PROGRAMAÇÃO
I. Oficina de Interação com o Livro: o participante recebe orientação para leitura conforme o seu gosto pessoal, participa de atividades de leitura e poderá manusear os livros livremente;

II. Oficina de Histórias: o participante exercita sua criatividade criando, contando ou ouvindo histórias de maneira divertida;


III. Oficina de Criação do Livro: o participante cria um livro em grupo de forma colaborativa. É estimulado a perceber o mundo ao seu redor onde existem histórias e personagens.


SERVIÇO
Dias: 3 e 4 de fevereiro, sábado e domingo, das 9h às 15h
Evento: Praça da Leitura | Edição 15 Anos
Realização: Alternativa Cultura
Local: Aterro do Flamengo, RJ
Referência: Ao lado do Teatro Municipal de Marionetes Carlos Werneck, em frente à Rua Tucumã no Flamengo
Telefone: (21) 2556-0339

Entre a fábrica e a senzala: livro mostra experiências de africanos livres no século XIX


A Dissertação de Mestrado em História defendida por Mariana Alice Pereira Schatzer Ribeiro, em 2014, na Unesp de Assis, intitulada “Entre a fábrica e a senzala: um estudo sobre o cotidiano dos africanos livres na Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema-Sorocaba - SP (1840-1870)”, com a orientação da Prof. Dra. Lúcia Helena Oliveira Silva, foi publicada pela FAPESP e a Editora Alameda. A autora, hoje doutoranda pela mesma instituição, buscou entender as experiências dos africanos livres em um empreendimento imperial fabril.

Os africanos livres foram uma categoria de trabalhadores com condição jurídica diversa em meio ao Brasil escravista e as pressões para o fim do tráfico transatlântico de escravos pela Inglaterra. Tutelados através da lei de 07 de novembro de 1831, a qual estabeleceu que os africanos capturados nos navios apreendidos devessem permanecer no Brasil durante catorze anos e, posteriormente serem reexportados para a África, os mesmos foram destinados às prestações de serviços junto aos consignatários privados ou públicos, como no caso da Fábrica de Ipanema.

Mariana pesquisou as origens étnicas dos africanos, as funções ocupadas, as fugas, os conflitos, a saúde, as doenças, os arranjos familiares, bem como as suas concepções de liberdade. As fontes principais para o estudo foram os ofícios, as listagens e correspondências oriundas do estabelecimento, sob a guarda do Arquivo Público do Estado de São Paulo. O exame da documentação mostrou também que o relacionamento dos trabalhadores levava à criação e ao fortalecimento dos laços entre companheiros.  Na prática, africanos e escravos não sofreram diferenciações no cotidiano, como tarefas, alimentação, moradia entre outros fatores. O direito à liberdade e à reexportação após os 14 anos de serviços prestados muitas vezes não se efetivou, comprovando assim, a ideia de que sua condição foi somente um status jurídico da “lei para inglês ver”, forjada pelo Estado brasileiro.


Portanto, compreender as tentativas incipientes de modernização do império representa, inclusive, analisar os primeiros empreendimentos públicos da então Província de São Paulo, durante o século XIX, mas principalmente entender como tais iniciativas afetaram a vida de homens, mulheres e crianças livres, tratados como escravizados, os quais auxiliaram a impulsionar a nação.

Trabalho de pesquisadores da PUC-PR sobre tolerância e intolerância religiosa vira livro


Criado em novembro de 2016, o Grupo de Pesquisa em Teologia e Sociedade – GETEO – do Curso de Teologia da PUC-PR, Campus Londrina, dentre a variedade de temas que mereciam pesquisa e estudo, optou por tratar da questão da tolerância e intolerância religiosa.

O resultado deste trabalho está disponível no livro Intolerância e Tolerância Religiosa – Análise e Perspectivas, levado às livrarias pelas Edições Fons Sapientiae. A obra foi organizada pelos professores Ildo Perondi (Doutor em Telogia Bíblica pela PUC-RJ, professor e coordenador do curso de Teologia da PUC-PR) e Alberto Paulo Neto (doutor em Filosofia pela USP e professor do Eixo Humanístico da PUC-PR).


É notória a dificuldade do homem em aceitar o diferente, principalmente no que diz respeito a algo tão próprio e pessoal como a religião. Infelizmente existe, hoje no mundo, uma crescente onda de intolerância e restrições impostas aos exercícios do direito à liberdade de religião ou crença.

Na apresentação, os organizadores afirmam que a proposta deste livro “é refletir sobre as raízes da intolerância e apresentar os fundamentos para uma prática religiosa tolerante, criando consciência de que podemos ser tolerantes diante da diversidade e da pluralidade”. As reflexões apresentadas na obra, reportam às raízes bíblicas desde o Antigo Testamento, passando pelas primeiras comunidades cristãs e pelos primeiros séculos do cristianismo. Aborda aspectos éticos, filosóficos, morais e pastorais na vida das comunidades, apontando alguns indicadores de ação para os dias de hoje.

Intolerância e Tolerância Religiosa – Análise e Perspectivas é apresentado ao público numa hora em que é necessário fomentar a cultura da boa convivência, da harmonia e da paz. O diferente não é o contrário. É possível e belo conviver com o outro, crescer com aquilo que não tenho e não posso ver. Ninguém será capaz de ser feliz sozinho. Uma felicidade egoísta e individualista, que exclui os demais, causa mais medos e conflitos. A religião, por sua vez, nos convida a reatar as relações de fraternidade e solidariedade, expressas no Salmo 133,1: “Amemo-nos uns aos outros porque a caridade vem de Deus”.


Participam da coletânea:  Alberto Paulo Neto, Alfredo Rafael Belinato Barreto, Altair Manieri, Ângela Maria Pellizer de Arruda, Fabrizio Zandonadi   Catenassi, Gelson Luiz Mikuszka, Ildo Perondi, José Rafael Solano Duran, Lino Batista de Oliveira, Rogério Goldoni Silveira, Sueli Almeida de Oliveira e Vicente Artuso.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Banca Literária será inaugurada no coração de Ipanema na próxima sexta-feira


Banca Literária está instalada no coração de Ipanema (Divulgação)
Pensando em promover a difusão da cultura por meio da venda de livros, jornais e revistas, e apoiar o mercado de bancas de jornal que passa por um momento complicado, a Ediouro inaugura, na próxima sexta-feira, dia 26, no coração de Ipanema, a Banca Literária. O espaço de 25 metros quadrados na Praça Nossa Senhora da Paz é uma das maiores bancas do Rio de Janeiro e foi totalmente customizado com o projeto arquitetônico de uma pocket livraria de bairro, com perfil de conveniência.


Além dos principais títulos de todos os selos da Ediouro (Nova Fronteira, Pixel, Coquetel e Petra), a Banca Literária terá um acervo com todos os best sellers de 2017, jornais e revistas, bomboniere, um café e espaço de charutaria/tabacaria. Todos os profissionais da banca são treinados em venda de livros, para promover uma verdadeira experiência de livraria em um espaço não convencional. 

“O objetivo da Banca Literária é democratizar a literatura. A escolha do local foi pensada para atingir o maior número de pessoas e a ideia de colocar uma pocket livraria em uma banca de jornal é para que os livros façam cada vez mais parte do cotidiano das pessoas”, comenta Everson Chaves, gerente de marketing da Ediouro.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Um fotógrafo diferente chamado Debret


Comemora-se hoje, 8 de janeiro, o Dia do Fotógrafo e da Fotografia. Nos dias atuais, basta pegar uma câmera fotográfica - ou até mesmo o telefone celular - e registrar o momento que desejamos. Mas, e antigamente, como as cenas eram registradas? 

No livro Um fotógrafo diferente chamado Debret, de Mercia Maria Leitão e Neide Duarte, lançado pela Editora do Brasil, o leitor conhecerá um pouco sobre a vida e a obra de Jean-Baptiste Debret, um pintor francês que chegou aqui no Brasil em 1816 e registrou a nossa sociedade naquela época. Um verdadeiro repórter do seu tempo, traduzindo em imagens a história do povo que por aqui viveu: nossos antepassados indígenas, portugueses, africanos e um incontável número de imigrantes que fez desta terra o Brasil que conhecemos.